Conservação de fósseis

Como você dever ter lido em algum dos nossos posts, um fóssil pode ter conservação total ou parcial. 

Hoje vamos falar um pouco dessas conservações. Se liga!

Um organismo pode ser totalmente conservado ou parcialmente conservado. Além disso, um fóssil pode ter uma conservação direta ou indireta.

Conservação total: todo organismo é conservado tanto as partes duras (esqueleto) quanto as moles (vísceras e musculatura).

  • Criopreservação: rápido congelamento dos tecidos com preservação das células por gelo microcristal. O organismo congela rapidamente e o gelo cristalino permeia as células, preservando-as.
  • Dessecação ou mumificação: clima seco e árido: rápida desidratação do organismo após a morte. O organismo desidrata rapidamente em um clima seco e árido.
  • Inclusão em âmbar: preservação de fóssil em substância proveniente de gimnosperma e angiosperma que endurece em contato com o ar é um agente embalsamador. Bolhas de ar podem ficar presas e elas podem ser usadas para observar a composição atmosférica. Organismos são capturados por uma resina vegetal que endurece com o passar do tempo.
  • Ozocerite: parafina natural ou cera fóssil.
  • Turfa e alcatrão: substâncias com propriedades antissépticas, que tem capacidade de preservação.

Conservação parcial: apenas partes resistentes são preservadas (partes duras são preservadas). As evidências podem ser diretas com estrutura original ou alterada, ou ainda pode ser evidências indiretas.

Evidências direta com estrutura original

  • Incrustação: substâncias minerais se cristalizam na superfície da estrutura colorindo-a completamente. Ocorre geralmente em cavernas, onde substâncias minerais se cristalizam na superfície do resto.
  • Permineralização: árvore, ossos caem na água e o mineral da água entra nos poros. Após um ponto pode se tornar petrificação. Ossos e troncos submersos são preenchidos por minerais que se precipitam das águas em torno.
  • Concreção: animal morrendo começa a liberar moléculas diferentes; dentro da água são formadas concreções. O organismo em decomposição serve de núcleo agregador em partículas em torno da carcaça. O organismo em decomposição em ambiente aquático serve como um núcleo agregador de partículas.

Evidência direta com estrutura interna alterada, mas com composição química original.

  • Recristalização: modificação na estrutura cristalina do mineral original. A recristalização mantém a composição química original do resto, mas a estrutura interna modifica-se. Exemplos de recristalização são a modificação da aragonita em calcita e de opala para calcedônia.

Evidência direta com estrutura interna e composição química alterada

  • Substituição: o mineral original é substituído por outro. Na substituição, tanto a composição química e a estrutura interna são modificadas. Um dos fatores que regem a substituição é a composição química das águas onde o resto está inserido.
  • Carbonificação: perda gradual dos elementos voláteis na matéria orgânica, restando apenas uma película de carbono. 1- Os restos são depositados e soterrados. 2- As paredes celulares amolecem e os lúmens celulares colapsam. 3- Elementos voláteis (H, N e O) são perdidos na forma de gases e soluções. 4- Origina-se uma fina película constituída por matéria orgânica carbonificada.
  • Charcoal: material proveniente de incêndios florestais. Não sofre combustão.

Evidência indireta (vestígio)

  • Impressão: perda da matéria orgânica.
  • Moldes: externos, internos e contramolde




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